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terça-feira, 4 de novembro de 2008

BLOG THEDAYTOHATE ENTREVISTA:




Fence

PERGUNTAS

Quais são as espectativas para o show com o New Found Glory? Vocês pretendem dar boas vindas a eles? Fazer alguma homenagem?

Estamos muito anciosos, de verdade, tem dias até que nem conseguimos dormir por conta da ansiedade! Agente passou por muitos problemas, internos e externos em relação a Fence, ficamos muito tempo "parados" de show, só ensaiando. Sinceramente, é um dos shows que vai ficar marcado na história da Fence e com certeza será o melhor show que faremos até hoje. Pra falar a verdade, não. Não queremos ser "desumildes" mas tem tanta coisa com o que se preocupar que não vai dar nem tempo de ver o show deles direito!

Vocês acham que após o show as portas vão se abrir para vocês?

É o que agente espera, não é?! Agente vêm batalhando a muito por isso, uma oportunidade dessa é sempre muito bem vinda e vamos agarrar com unhas e dentes, fazer o melhor show possível e tentar ganhar um público bom nessa.

Quanto tempo tem a banda?

A Fence em si tem 3 anos de existência, mas a formação já veio de antes com outras bandas.

Quem teve a idéia do nome? O que quer dizer "Fence"?

Foi o baterista de uma antiga banda do Alisson. Sobre o significado, logo mais vocês saberão.

Quem foi o fundador da banda?

O Pinguim e o Alle tinham uma banda chamada Heart In Funny (risos). Certo dia, descontentes com seu baterista, tiveram a ideia de os 2 sairem juntos da banda e formar a Fence, convidando Melchiorre pra guitarra e Elcio pra bateria. Fizeram dois shows e, no terceiro, o Vinne já havia sido convidado a tocar guitarra. A formação, então, ficou sendo a seguinte: Pinguim - Baixo, Alle - Vocal Lead, Melchiorre - Guitarra, Vinne - Guitarra e Elcio - Bateria.

Como se conheceram?

O Vinne acabou conhecendo o Pinguim em uma briga na escola em que estudavam. O Pinguim tinha acabado de entrar na escola e segundo ele "os muleke da 7ª queria cata ele", dai o Vinne resolveu ajudar o Pinguim na briga, que no final não deu em nada, mas pelo menos "os muleke nunca mais mechero com ele". 3 anos depois Pinguim resolve organizar um festival de bandas, convidando a banda do Alle para tocar e o Vinne para assistir. Depois de algum tempo os dois formam a Fence. 2 anos depois com a saída e entrada de diversos bateristas Vinne conhece um amigo de Dida, que o indicou para a banda, resultando na formação atual: Alle - Guitarra/ Vocal; Pinguim - Baixo/ Vocal; Vinne - Guitarra/ Vocal; Dida - Bateria.

Quais são as influências?

Não tem como falar o que nos influência por que são bandas muito divergentes. Vai desde o Jazz/ Bossa Nova ao Eletrônico/ Drum'n Bass, passando por todas as vertentes do Rock.

O que a banda acha da cena independente no momento?

A cena nunca vai ser diferente, independentemente da época. O que vai mudar é o cotidiano que as cerca.
Antigamente as bandas faziam seu som baseado em conflitos e causas, sofriam com sensura e com opressão política. Era o Rock mais politizado e cru, dava importância em si para a mensagem e não para o intermédio. Os anos passaram e teoricamente a sensura acabou, pelo menos a sensura política. É ridiculo querer comparar a cena independente de hoje com a de antigamente, a quantidade de bandas hoje em dia é infinitamente maior e a competitividade é absurda. De qualquer forma é muito mais difícil ver alguma banda nova querendo lutar por um país melhor (infelizmente) porque não é essa a realidade que mastigamos na Tv, Rádio e etc, tornando o rock de hoje em dia mais apelativo e visual. O que quero dizer com isso é que bandas do Mainstream de nossa era fazem parte da história do rock brasileiro tanto quanto qualquer banda da década de 80/90, e da mesma forma abriram as portas para uma orda de bandas que se inspiram nelas. A internet deu meio de as bandas independentes se informarem, se especializarem e hoje em dia convivemos com fenômenos auto-didatas da WEB, fazendo seu proprio som gravado na sua própria casa e com musícas ouvidas no país inteiro sem nem mesmo ter feito um show sequer. O incrível é que ainda sim haja pessoas que não consigam enxergar o potencial disso. A sensura política "acabou" e agora a opressão é de um para com os outros, com todo tipo de preconceito e pré-conceito por conta de um determinado estilo ou modo de agir. A real é que muita gente da antiga ta mordida com isso. As bandas de hoje em dia não saem nas ruas para gritar pelo Brasil que não da nada pra eles, mas sim trabalham um ano inteiro, juntam seu dinheiro para comprar seus intrumentos e se jogam na vida de músico que é e sempre foi bem cruel com quem não tem apoio algum. Mesmo assim fazem centenas de shows por ano e muitos tirando dinheiro do bolso pra vender ingresso ou se mostrar em algum show maior. É triste ver grandes bandas da antiga que curtia apontando o dedo pra sua cara ou torcendo o nariz pra seu som, talvez um dia se lembrem de como foi ser independente e usem esse sucesso que tem pra dar algum bom exemplo, faz bem e faz falta hoje em dia.

Na opinião de vocês, quais as bandas brasileiras que se destacaram esse ano?

Tem um monte de banda que vem fazendo um trabalho bem interessante. NxZero e Fresno já viraram clichês nisso, sendo que estão sempre em constante ascenção. Strike tem feito um trabalho bem legal também. Não podendo esquecer de Glória, contradizendo a moda do momento, acreditaram e hoje estão aí com tudo na Arsenal. Um pouco mais novas ainda tem o pessoal do Cine e Fake Number, com menos destaque na "mídia" mas não deixando de fazer uma correria incansável. Teatro Mágico, dominando o Tramavirtual. Como disse, várias.

Melhor cd nacional e internacional do ano?

Pinguim - Nacional: Etna - Não Tente Isso em Casa / Internacional: McFly - Radio: Active
Vinne - Nacional: Sugar Kane - Descobri o que Sou / Internacional: Forever TSKids - Underdog Alma Project
Alle - Nacional: Granada - Diaria.Mente / Internacional: Anberlin - New Surrender
Dida - Nacional: Level Nine - Sente o Perigo! / Internacional: Anberlin - New Surrender

O que vocês fazem além da banda?

O Dida e o Vinne trampam. O Alle é roadie da Fake Number e o Pinguim faz cursos de áudio.

Pretendem ficar independentes?

Isso depende de como a cena indepentende for sendo moldada. Se for interessante financeiramente pra nós, a resposta é sim. Mas nunca se pode dispensar a propagação que uma gravadora proporciona, elas tem estrutura para levar seu som pra lugares que as vezes, independente, não conseguiria.

Vocês pretendem soltar um EP ou CD na internet? Se sim, quando?

Já lançamos um EP virtual. Quem quiser ouvir acesse http://www.tramavirtual.com/fence

2 comentários:

Teoria 16 disse...

Boa entrevista...

Anônimo disse...

Sim, provavelmente por isso e